Notas |
- Belmiro Braga(1872 - 1937)
Prefácio de J.G. de Araujo Jorge Rio de Janeiro, Abril, 1959
"Nasceu o poeta na Fazenda da Reserva, antigo Distrito de Vargem Grande
(hoje Município com o seu nome), perto de Juiz de Fora, a 7 de Janeiro
de 1872, e morreu em Juiz de Fora, a 31 de Março de 1937. Herdou possivelmente a veia poética de seu avô materno, Francisco Lourenço de Barros, “versejador mordaz” no dizer de Alves Cerqueira
( O “Rouxinol Mineiro”, artigo no “Jornal do Comércio” do Rio de Janeiro, em 27/3/1932). Filho de José Ferreira Braga, comerciante português, e de Francisca de Paula Braga, brasileira, Belmiro estudou as primeiras letras
no “Ateneu Mineiro”, em Juiz de Fora, de onde voltou a Vargem Grande com a morte da mãe, ajudando o pai nos negócios."
A Infância(Wanessa Ronzani Dias)
"Belmiro Berlamino de Barros Braga, nasceu a 7 de Janeiro de 1872 na Fazenda da Reserva- Vargem Grande, onde seus pais já residiam: o português bracarense José Ferreira Braga, conhecido por todos na vizinhança, como o Braga da Reserva e a mineira de Rosário, município de Juiz de Fora Francisca de Paula Braga.
Foi neste local que Belmiro Braga e seus sete irmãos mantinham junto com seus pais um sítio - plantação e gado e uma pequena venda a beira da estrada."
Fonte: http://www.belmirobraga.mg.gov.br/o_poeta/o_poeta.html# 9 outubro 2009.
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Belmiro Braga residiu com seus pais na Fazenda da Reserva em meio a uma paisagem tipicamente mineira, envolta em montanhas, cercada pela mataria das serras. Aos 11 anos (março de 1883), suportando a tristeza da separação, deixou o lar paterno para estudar no Atheneu Mineiro, em Juiz de Fora, voltando à casa logo depois, em outubro do mesmo ano, devido à morte da mãe. Trocou, então, o banco da escola pelo balcão da venda na beira da estrada. Em Carangola, no ano de 1891, a 7 de fevereiro, casa-se com Ottília Portilho, com a qual teve três filhos, dois mortos na infância e o terceiro, José Epitácio, que herdou a verve satírica do pai, mas não deixou nada publicado. Em 1895, volta a Juiz de Fora e, em 15 de dezembro daquele ano, começa a publicar no Correio de Minas a seção em versos “Bimbalhadas” (posteriormente, “Repiques”), sob o pseudônimo de Sá Cristão. Buscando em todos os atos da vida um pretexto para rimar, costumava dirigir-se em versos aos fregueses. E foi através de um deles que conheceu o poeta cearense Antonio Salles, que o incentivou a publicar seu primeiro livro, impresso no Porto, em Portugal, em 1902, cujo título Montesinas foi dado pelo poeta amigo e padrinho. Foi premiado pela primeira vez com o conto “A porteira”, no concurso da revista Lábaro, da Vila de São Manuel. Seu segundo prêmio mereceu-o também um conto “Violetas roxas”, concedido pela revista carioca Beija-Flor. Com a famosa trova: “As almas de muita gente / são como o rio profundo / - a face tão transparente / e quanto lodo no fundo!...” obteve o primeiro lugar no concurso de O Jornal do Rio de Janeiro, concorrendo com mais de mil outras. Seguiu pela vida colhendo louros e, segundo conta um de seus sobrinhos, tinha o hábito de enviar aos concursos de trovas, não um mas vários poemas, que fazia copiar pelos parentes que também as assinavam e arrebatava todos os prêmios. Foi um dos fundadores da revista Marília, de Juiz de Fora, e também da Academia Mineira de Letras, à qual pertenceu, com orgulho.
Informacao obtida na Internet: http://www.funalfa.art.br/orpheu_online/edicao05/trovador.htm 1/21/03
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